Região Centro-Oeste, 7 de junho de 2025

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Após aumentos, preços voltam a cair no mercado internacional de leite e derivados

Queda foi de 1,6% em relação ao último leilão da GDT

Lá nas antiqueras, no tempo de dantes, num sertão muito distante, teve um caboclo por nome de Ícaro que, se achando muito sabichão, fez um par de asas de penas coladas com cera, e saiu voando pelo céu. Mas por ser muito ambicioso e não gostar de respeitar limites, subiu demais e chegou muito perto do sol, o que foi a sua perdição porque o calor derreteu a cera das asas e o pretencioso avoador se esborrachou no chão. Não é exatamente o mesmo caso que tá sendo passado no mercado internacional do leite e derivados, mas é fato verdadeiro que os preços aumentaram com um certo exagero e agora os fornecedores tão sendo obrigados a fazer a correção, pra por de novo os pés no chão. Pois esta mudança de direção ficou mais uma vez comprovada nesta terça-feira, dia 3, quando foi realizado o primeiro leilão de junho na plataforma GDT, que reúne compradores e vendedores do mundo inteiro.

O que tem pra ser contado é que o valor médio dos produtos comercializados ficou em 4,173 mil dólares por tonelada, o que representou uma queda de 1,6% em relação ao pregão anterior, que tinha sido acontecido duas semanas antes. Já o volume de derivados negociados nesta edição foi pro lado contrário e subiu, tendo chegado agora a 16,307 mil toneladas, com um aumento de 7,3%, compensando em parte o que foi registrado no derradeiro leilão do mês passado, quando o total ofertado tinha apresentado uma redução de 9%, na comparação quinzenal, né. Na lista dos produtos apresentados pra venda, o maior tombo foi do queijo cheddar, que caiu 4,2%, pra 4,759 mil dólares por tonelada.

O leite em pó integral, que é o derivado mais negociado na GDT, voltou pra 4,173 mil dólares, ou 3,7% a menos do que na semana retrasada. Já a muçarela subiu 2,3%, pra 4,897 mil dólares por tonelada. Matutando agora a respeito de qual deve ser o efeito destes resultados aqui no nosso próprio mercado, a opinião do pessoal do portal Milkpoint é de que a importação vai ficar menos interessante pra indústria laticinista e pros distribuidores atacadistas brasileiros. Isso porque, além dessa queda geral das cotações, a produção tá aumentando no Uruguai e na Argentina, que são os nossos principais fornecedores no setor, o que deve provocar uma ligeira febre derrubadeira no preço deles, ao mesmo tempo em que a cotação do leite aqui no nosso terreiro também tá descendo a ribanceira, né.

Fonte: Terra Viva

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