Região Centro-Oeste, 3 de julho de 2025

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BNDES vai oferecer R$ 18 bilhões com juros livres no Plano Safra

Ministério da Agricultura vai adequar regra do programa para armazenagem para evitar sobre de recursos
Crédito para custeio e investimentos do banco de fomento terá R$ 14,4 bilhões, com recursos atrelados ao dólar — Foto: Wenderson Araujo/CNA

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou em entrevista exclusiva à reportagem da Globo Rural que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer R$ 18 bilhões em recursos a juros livres no Plano Safra da Agricultura Empresarial 25/26, que será divulgado nesta terça-feira (1/7).

Desses, R$ 14,4 bilhões serão repassados em financiamentos de custeio e investimentos com recursos atrelados ao dólar, com juros de 8,5% a 9% ao ano. “São juros bastante atrativos para quem tem hedge natural. Apesar de toda a dificuldade orçamentária e do aumento da taxa de juros, estamos oferecendo alternativas bastante estruturantes”, afirmou Fávaro em entrevista.

O Ministério da Agricultura vem defendendo a expansão do financiamento com recursos dolarizados pelas instituições financeiras. Recentemente, o tema foi tratado em reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Incentivo à armazenagem

Fávaro também anunciou mudanças no Programa de Construção de Armazéns (PCA). Será ampliado o limite de capacidade das estruturas a serem financiadas com juros mais baixos e equalizados no Plano Safra 25/26, de 6 mil toneladas para 12 mil toneladas. Na próxima temporada, as taxas para essa categoria serão de 8,5% ao ano. Para estruturas maiores, as alíquotas serão de 10% ao ano.

Segundo Fávaro, a mudança pode resolver a “sobra” de recursos para o PCA nos bancos nesta safra. “Os produtores deixavam de fazer o uso da linha porque estava limitado a armazém de 100 mil sacas. Agora pode fazer armazém maior e fica mais atrativo”, defendeu.

Juros mais altos

O ministro disse que houve grande “esforço” do governo para não subir as taxas de juros do crédito rural na mesma proporção da alta da Selic nos últimos 12 meses, quando passou de 10,5% para 15%.

“Era inevitável a alta nos juros, mas nem a taxa mais cara das linhas com equalização chegou na Selic”, afirmou Fávaro. “A Selic está desproporcional ao momento econômico brasileiro, um cenário econômico equilibrado, de inflação controlada. É injustificável esse crescimento [da Selic]”, defendeu Fávaro.

Fonte: Globo Rural

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