A carne de cordeiro tem uma história interessante no Brasil. No final do século 19, com o movimento migratório dos libaneses, sírios e outros povos do Oriente Médio, o consumo dessa carne começou a ganhar popularidade. Hoje, a carne de cordeiro é considerada uma iguaria, sendo uma excelente opção para diversificar o cardápio e sair do tradicional churrasco.
Esta iguaria oferece diversos benefícios à saúde, como uma excelente fonte de proteína de alta qualidade. Ela contém todos os aminoácidos essenciais necessários para a construção e reparação dos tecidos do corpo, rica em vitaminas do complexo B (como B12, B6 e niacina), ferro, zinco e selênio, esses nutrientes são essenciais para a saúde do sistema nervoso, formação de células sanguíneas e fortalecimento do sistema imunológico.
Embora a carne de cordeiro contenha gordura, grande parte dela é monoinsaturada e ácidos graxos ômega-3, gorduras benéficas que ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e inflamações. Essa proteína é uma das melhores fontes de ferro heme, que é mais facilmente absorvido pelo organismo em comparação com o ferro não heme encontrado em vegetais. Fonte de colina, um nutriente importante para a saúde cerebral, função hepática e metabolismo das gorduras.
Com a demanda superando a oferta, os preços têm se valorizado. A busca por carnes de melhor qualidade, segurança alimentar e preços competitivos impulsiona a produção e comercialização de ovinos no estado, investir em ferramentas e práticas eficientes é fundamental para expandir essa atividade na produção agropecuária.
A produção de cordeiros tem se destacado entre os produtores, que buscam conhecimento e tecnologias para aprimorar essa atividade. A versatilidade da ovinocultura permite que ela seja adotada em propriedades de diferentes tamanhos, desde pequenas até grandes áreas. Atualmente, o Brasil consegue atender aproximadamente 30% do mercado nacional de carne de cordeiro, com o restante sendo importado de países como Uruguai, Austrália e Nova Zelândia. A padronização e a qualidade são fatores essenciais para agregar valor à carne ovina e permitir que os produtores aumentem o preço por quilo, tornando a produção mais rentável.
No estado de Mato Grosso do Sul essa atividade tem ganhado destaque e se tornou uma oportunidade de negócio promissora. Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul se tornou o 8º maior rebanho ovino do Brasil e o 2º maior em abate inspecionado
Estratégias comerciais e coordenação entre os agentes do setor são essenciais para aproveitar as oportunidades de mercado. No início da semana passada, o sindicato rural de Chapadão do Sul – MS recebeu os representantes da IAGRO, AGRAER, FAMASUL e SEMADESC para avaliar a primeira PDOA (Propriedade de Descanso de Ovinos para o Abate) do estado. A PDOA tem com o objetivo de organizar a produção fracionada no estado, reunindo os animais no mesmo local para facilitar o escoamento às indústrias frigoríficas, impulsionando a comercialização formal e fomentando a demanda do mercado consumidor.
