Região Centro-Oeste, 2 de julho de 2025

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Frete rodoviário deve subir em julho com colheita do milho

Companhia Nacional de Abastecimento indica que preços caíram em junho devido à menor demanda e redução no diesel, mas tendência é de elevação com intensificação da safra.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta elevação nos valores do frete rodoviário no Brasil a partir de julho. A previsão foi divulgada nesta segunda-feira (30) em boletim da companhia, que aponta o início da colheita da segunda safra de milho como principal fator para o aumento esperado.

O documento indica que os preços do frete caíram em junho em diversas regiões do país, influenciados pela menor demanda por transporte e pela redução no preço do diesel. No entanto, a colheita do milho, iniciada na segunda quinzena de junho, já está intensificando a procura por serviços de transporte rodoviário.

Estados como Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí registraram diminuição nos valores durante junho. No Paraná, a queda ocorreu especificamente na região de Ponta Grossa, enquanto Minas Gerais manteve estabilidade nas tarifas para transporte de grãos.

Alguns estados, porém, já apresentaram elevação nas cotações do frete nas últimas semanas de junho. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Minas Gerais registraram aumento nos preços, impulsionado pelo início da colheita da segunda safra de milho e também pela colheita do café mineiro.

Exportações brasileiras

O boletim da Conab revela que o Brasil exportou 6,1 milhões de toneladas de milho em maio de 2025, quantidade menor que as 7,5 milhões de toneladas do mesmo mês em 2024.

O porto de Santos foi o principal ponto de escoamento, respondendo por 28,8% do total exportado. Os terminais do Arco Norte, que haviam movimentado 45,3% das exportações no mesmo período de 2024, reduziram sua participação para 25,7% em maio deste ano.

São Francisco do Sul movimentou 16,4% das exportações de milho, seguido por Paranaguá com 12,9% e Rio Grande com 12,8%. Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul foram os principais estados de origem dessas cargas.

Entre janeiro e maio de 2025, o país exportou 9,6 milhões de toneladas de farelo de soja, volume ligeiramente superior às 9,3 milhões de toneladas do mesmo período do ano anterior. Esta movimentação concentrou-se nos portos de Santos (42,3%), Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%).

Para a soja em grão, os portos do Arco Norte responderam por 38% das exportações, percentual superior aos 36,4% registrados no ano anterior. Santos foi responsável por 37,5% da soja exportada, seguido por Paranaguá com 11,9% e São Francisco do Sul com 5,3%. As cargas originaram-se principalmente de Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.

O Brasil importou 15,27 milhões de toneladas de fertilizantes de janeiro a maio de 2025, contra 13,6 milhões no mesmo período de 2024. Este foi o maior volume para o mês de maio desde 2022. Os principais pontos de entrada foram Paranaguá (4,09 milhões de toneladas), portos do Arco Norte (2,99 milhões) e Santos (2,1 milhões).

Por: Divino Onaldo/Agro&Prosa

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