A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com a imposição de tarifas de até 104% e 84% para produtos importados e exportados entre os dois países pode ampliar as oportunidades comerciais brasileiras no agronegócio e alavancar significativamente as vendas de soja e milho.
Atualmente, os Estados Unidos e o Brasil são os dois principais fornecedores de soja para a China e, com as retaliações chinesas à Trump, a demanda por soja brasileira pode aumentar. O Brasil é o país que mais produz e exporta soja no mundo, com aproximadamente ⅔ da produção vendida externamente – e 70% das exportações nacionais vão para a China. “Esse mercado vai ter que buscar novos fornecedores e aí é onde entra o Brasil”, avalia Maurício Bufon, presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja).
Os produtores de milho também estão aguardando as movimentações do mercado com cautela, de olho em outros mercados como o Japão, Coreia do Sul e a União Europeia. Paulo Bertolini, presidente da Associação de Produtores de Milho e Sorgo destaca que a safrinha 2025, colhida a partir de julho, pode ser rapidamente escoada devido ao aumento da demanda. “Há incertezas com um viés de otimismo, uma vez que temos clientes em comum [países] e se eles retaliarem os Estados Unidos, temos uma oportunidade”.
Fonte: AgroBand