As temperaturas, já altas no mês de janeiro devido ao verão, ficarão ainda mais elevadas no restante da semana em cinco Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O motivo é a presença de uma bolha de calor, fenômeno que avança a partir da Argentina, Uruguai e Paraguai e é responsável pela formação da primeira onda de calor do ano no Brasil.
A previsão do tempo indica que o calor excessivo e as temperaturas acima dos 40ºC persistem até sábado (18/1), quando perdem força para uma frente fria.
O que é bolha de calor?
Enquanto uma onda de calor é definida pela sequência de, no mínimo, três dias em que os termômetros de uma determinada região registram 5ºC ou mais acima da média, a bolha, também chamada de domo ou cúpula de calor, é uma área de alta pressão que permanece em uma área por dias ou semanas e pode causar a onda de calor.
“Ela é criada quando prende o ar muito quente por baixo, assim como uma tampa em uma panela”, resume Estael Dias, meteorologista da MetSul.
A especialista completa que as massas de ar quente se expandem na atmosfera verticalmente durante a bolha de calor para desviar de frentes frias e outros sistemas meteorológicos.
“À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo”.
O que esperar da semana?
Em Santa Catarina, um dos Estados atingidos pelo fenômeno, as temperaturas chegam aos 34ºC na quinta-feira (16/1), enquanto a máxima no dia seguinte pode superar os 35ºC no oeste, planalto e sul. No Paraná, a previsão é que os termômetros ultrapassem os 37ºC em Paranavaí, Umuarama e Maringá.
Os municípios da região Oeste do Rio Grande do Sul devem ser os mais afetados, com máximas próximas dos 40ºC em Quaraí e Uruguaiana.