Região Centro-Oeste, 13 de junho de 2025

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Patas de animais com risco de introdução de aftosa no país são barradas em aeroporto

Carga vinha de voo da África e mala estava desacompanhada
Foto: Vigiagro

Três patas com cascos fendidos – possivelmente de caprinos – foram interceptadas pelo serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na última quinta-feira (5). A carga vinha de um voo da África e a mala estava desacompanhada.

A apreensão chamou atenção das autoridades em um momento em que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acaba de receber, na França, a certificação de país livre de febre aftosa sem vacinação, conferida pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).

De acordo com o Vigiagro de Guarulhos, a ocorrência comprova a importância da vigilância agropecuária brasileira, já que a introdução de microrganismos junto com o material encontrado poderia colocar em risco o rebanho nacional.

Isso porque alguns países da África não possuem o status de livre de febre aftosa reconhecido oficialmente pela entidade e enfrentam desafios no controle e erradicação da doença.

“Devido à ausência desse reconhecimento de áreas livres da doença, as exportações de produtos de origem animal desses países enfrentam restrições sanitárias em diversos mercados internacionais”, diz o Mapa, em nota.

Falta de rastreabilidade

Além do risco de introdução da febre aftosa, o Ministério informa que produtos como as patas apreendidas podem veicular outras doenças infecciosas de interesse pecuário.

Assim, como não havia qualquer identificação, não é possível determinar a origem, os tratamentos sanitários realizados ou o status sanitário do rebanho de onde vieram os animais.

O Mapa ressalta que a importação de animais, material genético e de produtos de origem animal não comestíveis somente pode ser realizada com o cumprimento dos requisitos sanitários definidos pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) e acompanhada de Certificado Veterinário Internacional previamente acordado pelo DSA com os serviços veterinários oficiais dos países exportadores.

Ainda segundo o Vigiagro, o material apreendido não tinha nenhum cuidado na manutenção ou transporte. Esse tipo de produto não pode entrar no país sem a expressa autorização do Mapa.

Fonte: Canal Rural

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