Região Centro-Oeste, 26 de abril de 2025

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Roubo de café diretamente do pé tira o sono de produtores mineiros e paulistas

Alta do grão tem atraído criminosos; Sindicatos Rurais buscam alternativas para frear o delito

Em fevereiro deste ano, a saca de 60 kg de café arábica alcançou R$ 2.769, maior valor já registrado, segundo o índice Cepea/Esalq.

O grão permanece em alta, atualmente cotado a cerca de R$ 2.500 e, por isso, produtores comemoram o resultado do trabalho duro. No entanto, com a alta sendo refletida nas gôndolas dos supermercados, cresceu o interesse de criminosos que deram continuidade a um delito que parecia extinto: o roubo diretamente do pé.

No vídeo abaixo, é possível notar que escolhem os galhos com a maior quantidade de grãos, cortam na base e levam embora. Casos assim foram registrados nos municípios mineiros de Guaranésia, Ilicínea, Guaxupé, São Pedro da União, Boa Esperança e Carmo do Rio Claro, além de Pedregulho, este em São Paulo.

Com isso, produtores, sindicatos rurais e autoridades policiais têm buscado organizar estratégias para tentar inibir o crime por meio da contratação de seguranças e aumento das rondas noturnas.

O presidente do Centro de Comércio de Café de Minas Gerais, Ricardo Schneider, afirma que não havia mais relatos desse tipo de crime há anos. “Isso já aconteceu antes, mas era era algo que achávamos que não tinha mais espaço. Agora, com a alta do mercado, volta a ser interessante a comercialização desse café roubado. […] temos orientado o produtor para que ele, na medida do possível, tome cuidado com o seu café ainda no pé e que não sacrifique a qualidade colhendo muito antes.”

O produtor e presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança, em Minas Gerais, Henrique Pacheco, relata que a situação já havia sido reportada por cafeicultores do município no ano passado.

Segundo ele, a entidade tem se reunido com autoridades policiais e deputados estaduais para pedir que se aumente o número de câmeras de monitoramento nas principais vias rurais e também em estradas federais e estaduais que passam pelos municípios produtores.

Pacheco acredita que o café roubado diretamente do pé são verdes e, provavelmente, passam por secagem nos quintais dos criminosos, gerando grãos pretos e chochos de menor valor, mas que ainda são comercializáveis. Assim, cabem às autoridades policiais o rastreio desses pequenos volumes para a identificação dos autores dos furtos.

Fonte: Canal Rural

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