Região Centro-Oeste, 5 de junho de 2025

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VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE | Uma necessidade vital para a pecuária brasileira

ANFFA Sindical alerta produtores sobre a imprescindibilidade da imunização de bezerras e bubalinas para o controle da brucelose.
Foto: Antônio Oliveira/Cerrado Rural Agro

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) destaca a importância crucial da vacinação contra a brucelose em bezerras bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade. A vacinação é obrigatória em todo o Brasil, exceto em Santa Catarina, que está em fase de erradicação da doença. Com a suspensão da vacina contra a febre aftosa em território nacional, a imunização contra a brucelose tornou-se a única exigida por lei.

A brucelose bovina, causada pela bactéria Brucella abortus, é uma doença infectocontagiosa que provoca sérios prejuízos econômicos à pecuária, ocasionando abortos, retenção de placenta e o nascimento de bezerros fracos ou natimortos. Além disso, machos acometidos podem desenvolver orquite e epididimite, impactando a fertilidade de ambos os sexos.

Em adição aos impactos econômicos, a brucelose é uma zoonose que representa um risco à saúde pública, principalmente pela ingestão de leite cru e derivados de animais infectados. A principal forma de introdução da doença em propriedades é pela compra de animais positivos, tornando essencial que os produtores exijam laudos de vacinação negativos.

O presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, enfatiza que a brucelose também afeta profissionais que lidam com animais, como veterinários e tratadores. Esses profissionais, especialmente os auditores fiscais federais agropecuários, precisam estar atentos.

A vacinação contra a brucelose é fundamental para prevenir abortos e controlar a propagação da doença. Os produtores devem comprovar a vacinação de seus animais ao Serviço Veterinário Estadual semestralmente, com um atestado de um veterinário autorizado.

As vacinas disponíveis no Brasil são a B19, indicada para bezerras de 3 a 8 meses, e a RB51, que pode ser utilizada em bezerras bovinas fora dessa faixa etária que não foram vacinadas com B19. A vacinação de machos é estritamente proibida.

Importante: As vacinas B19 e RB51 podem ser patogênicas para humanos, exigindo o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante a aplicação. A vacinação deve ser realizada exclusivamente por veterinários ou vacinadores autorizados.

Lembretes importantes:

  • A vacinação de bezerras bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses contra a brucelose é obrigatória.
  • Vacina B19: indicada para bezerras bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses.
  • Vacina RB51: recomendada para bezerras bovinas fora da faixa etária e como reforço em fêmeas adultas.
  • A vacinação deve ser declarada ao Serviço Veterinário Estadual a cada seis meses.
  • Vacinação de machos contra brucelose é proibida.
  • Apenas Santa Catarina está isenta dessa obrigatoriedade.

Janus Pablo Macedo reforça que a atuação dos auditores fiscais federais agropecuários é essencial no controle de zoonoses e na proteção da saúde pública, ressaltando que a prevenção é sempre o melhor caminho.

Por: Antônio Oliveira/Cerrado Rural Agronegócios

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