Região Centro-Oeste, 18 de maio de 2025

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No Brasil, Brics apoia proposta de Putin para criar “Bolsa de Grãos”

Iniciativa russa visa fortalecer comércio agrícola intrabloco e reduzir influência do dólar; declaração de apoio foi assinada nesta quinta (17), em Brasília
Grãos de soja • 17/02/2020 - REUTERS/Jorge Adorno

A proposta, apresentada pelo presidente russo, Vladimir Putin, durante a presidência rotativa da Rússia à frente do bloco econômico, foi apoiada na declaração conjunta publicada nesta quinta-feira (17), durante a principal reunião do Grupo de Trabalho de Agricultura dos Brics, realizada em Brasília.

O encontro é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“A implementação dessa iniciativa ajudará a proteger os mercados nacionais contra interferências externas negativas, especulações e tentativas de criar uma escassez artificial de alimentos”, disse Putin em outubro do ano passado, ao apresentar a proposta.

A justificativa é que a nova bolsa funcionaria como uma alternativa às tradicionais CBOT (Chicago Board of Trade) e KCBT (Kansas City Board of Trade), duas das principais referências no comércio de commodities agrícolas, ambas sediadas nos Estados Unidos.

“Foi apoiada a proposta de criação de uma Bolsa de Grãos dos Brics, para facilitar o comércio intrabloco, com base em práticas sustentáveis, justas e alinhadas às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, diz a nota divulgada pelo Mapa.

Além do apoio à criação da Bolsa de Grãos, a declaração conjunta também prevê o fortalecimento da cooperação entre os países do bloco em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com foco na inovação e na fabricação de maquinários adaptados às realidades locais.

O texto também pede o fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos Brics, como instrumento para financiar projetos de infraestrutura, tecnologia e segurança alimentar entre os países membros.

A assinatura da declaração ocorre em meio à escalada de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Fonte: CNN

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