Região Centro-Oeste, 11 de julho de 2025

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Vinte cidades entram em situação de emergência no RS; metade são municípios que vivem do agro

Áreas de produção agrícola e criação de animais podem ficar inundadas nas próximas horas, alerta defesa civil
Chuvas ameaçam produção em cidades agrícolas no Rio Grande do Sul José Fernando Ogura/AEN

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou, neste domingo (22), que 20 municípios entraram em situação de emergência após as chuvas dos últimos dias. Rios e lagos da região têm possibilidade de transbordar nas próximas horas, com destaque para áreas rurais. Pelo menos 10 cidades que estão em situação de emergência têm sua economia baseada no agronegócio.

De acordo com o boletim mais recente da Defesa Civil, as cidades que oficializaram situação de emergência são: Dona Francisca , Cerro Branco, Agudo, Nova Palma, Cruzeiro do Sul, Passa Sete, São Sebastião do Caí, Cacequi, Rosário do Sul, Tupanciretã, Nova Santa Rita, São Francisco de Assis, Liberato Salzano, Amaral Ferrador, Toropi, Montenegro, Silveira Martins, São Vicente do Sul, Júlio de Castilhos e Paraíso do Sul. A cidade de Jaguari foi a única a decretar estado de calamidade pública.

O município de Cruzeiro do Sul é um dos principais produtores de mandioca da região. Já Tupancicretã, está listada entre as maiores produtoras de soja e Paraíso do Sul, é um dos maiores produtores de fumo, arroz, soja, milho, feijão e mantém criações de pecuária de corte. A cidade de Montenegro, onde em maio deste ano, houve um foco de gripe aviária de alta patogenicidade, também decretou situação de emergência. O município, além da avicultura, também é importante produtora de citros. 

De acordo com a Defesa Civil, alguns cursos d’água apresentaram sinais de recuo, mas ainda há o perigo do transbordamento. O rio Taquari, no trecho entre Santa Tereza e Estrela/Lajeado, está em declínio e retorna gradualmente à normalidade. Em outros pontos, como entre Bom Retiro do Sul e Porto Mariante, o rio também segue com tendência de queda. O rio Caí, nas regiões de Nova Palmira e Costa do Rio Cadeia, e o rio Quaraí também estão em processo de diminuição. Já o rio Santa Maria, em Rosário do Sul, apresenta estabilidade.

Outros rios seguem em cota de inundação devido às cheias. O rio Uruguai, entre São Borja e Uruguaiana, apresenta lenta elevação. O rio Ibirapuitã, em Alegrete, tem declínio lento, enquanto o Ibicuí, em Manoel Viana, segue estável. 

O rio Jacuí está em queda entre Cachoeira do Sul e São Jerônimo, mas com estabilidade nas ilhas próximas ao delta. Nessas ilhas e em áreas da Região Metropolitana de Porto Alegre, os níveis seguem elevados. O rio Caí, em Montenegro, apresenta tendência de queda, enquanto o rio Sinos mantém estabilidade em Campo Bom e lenta elevação em São Leopoldo.

Ainda há rios em cota de alerta, embora com tendência de declínio ou estabilidade. É o caso do rio Santa Maria (em Dom Pedrito), do rio Caí (em São Sebastião do Caí), do Taquari (na cidade de Taquari) e do Paranhana (em Taquara). O Guaíba deve manter níveis elevados nos próximos dias, mas sem expectativa de atingir a cota de inundação no Cais Mauá ou no Gasômetro. Já o rio Gravataí, entre Gravataí e Alvorada, permanece estável.

Fonte: Agroband

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